As máquinas e equipamentos doados pelo governo federal para prefeituras de todo país, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3), trouxeram dor de cabeça e despesas para os prefeitos. Em muitas cidades, os maquinários estão completamente parados por falta de recursos para o combustível e por não haver mão de obra especializada disponível.
Ao entregar as máquinas, a promessa da presidente Dilma era de garantir maior autonomia para os municípios, mas após a entrega houve completo abandono dos prefeitos pelo governo federal.
Segundo relatos da imprensa, em muitos dias, o programa do governo federal tornou-se puro desperdício de dinheiro público, já que os equipamentos, que poderiam ajudar em obras importantes a população, estão parados.
As dificuldades dos prefeitos vêm da redução de repasses federais, da queda na arrecadação em função da crise econômica e do alto preço nos combustíveis.
Ou seja, responsabilidade direta do governo federal que não fez um planejamento correto para o programa. Não basta repassar maquinário, se não houver apoio para a utilização dos equipamentos nas obras.
Muitas cidades receberam os equipamentos no ano passado, mas foram poucas as chances de utilizar já que, desde o segundo semestre do ano passado, vivemos uma crise financeira.
Entre as máquinas enviadas pelo programa estão retroescavadeiras, motoniveladoras e caminhões-caçamba – equipamentos que poderiam ajudar em obras nas cidades e também na recuperação de estradas.
Há denúncias de prefeitos que estão inclusive alugando as máquinas. Errado é claro, mas de que adianta as máquinas paradas? Vão acabar até se deteriorando por falta de uso.
Esse exemplo do PAC é apenas mais um exemplo da falta de planejamento, da falta da gestão de qualidade do governo Dilma.
Não se pode estruturar um programa como esse, sem pensar no médio prazo. Sem pensar que a operação de máquinas como essas tem um custo alto e que as prefeituras não têm como arcar sozinhas.
Mas tudo no governo Dilma tem sido feito assim, na base do imprevisto. Uma pena para as nossas cidades tão carentes de infraestrutura.

DEPUTADO1