O programa Minas Movimenta do último fim de semana mostrou como a música, a dança, a arte e a cultura, enfim, atuam no indivíduo e na sociedade. Foram visitados cinco projetos em diversas regiões de Belo Horizonte e proximidades, todos em plena atividade e com importantes trabalhos e resultados de inclusão social. Além de desenvolver o potencial das pessoas, a arte resgata-as para a sociedade, abrindo-lhes oportunidades de trabalho e sensibilizando-as para outras perspectivas, como a da atuação em serviço voluntário. Mas, na base de todo e qualquer movimento social, existe a figura do líder, aquele que enxerga o caminho e reúne, em torno de si, outras pessoas que se contaminam pelo sentimento de solidariedade e colocam, a serviço da causa, tempo e talento.

Estes são os projetos apresentados pelo Minas Movimenta nesta semana:

a) Projeto Valor Social, desenvolvido pelo Museu de Artes e Ofícios, mantido pelo Instituto Cultural Flávio Gutierrez. O museu preserva instrumentos de trabalho do período pré-industrial e projeto, sob a coordenação de Naila Mourthe e Adriano Ramos, consiste em ministrar curso de qualificação de jovens na área de conservação e restauração;

b) Dançando na Escola, do Grupo 1º Ato, desenvolvido na Escola Estadual Dona Augusta, situada na Barragem Santa Lúcia. Sob a direção de Suely Machado, o projeto consiste em utilizar a sensibilização artística e a disciplina da dança para promover a reintegração de jovens vítimas da violência, fome e exclusão social;

c) Instituto Cultural Inhotim, em Brumadinho, a 60km de BH que, mais que um museu de arte contemporânea a céu aberto e um paraíso de beleza natural, é um espaço onde se desenvolvem projetos de inclusão social e cidadania para os municípios do entorno. De acordo com a Diretora de Inclusão Social, Roseni Sena, são mantidos programas de apoio a bandas de música e a artesãos, além de outros, com ministração de cursos nas áreas de música, arte e cultura no vale do Paraopeba; desenvolvimento sustentável da região com foco no turismo; e patrimônio material e imaterial da região;

d) Banda 12 de Março, no Vale do Jatobá, uma verdadeira escola de música, presidida por Ronaldo Camargos, a qual, além da valorização da cultura musical mineira, promove, há décadas, a inserção musical de crianças de comunidades carentes. Entrando na banda entre 10 e 11 anos, as crianças recebem noções de cidadania e aprendem a manejar e a tocar um instrumento musical. Muitos dos ex-alunos da escola são hoje experientes profissionais do mercado e também colaboradores do projeto como professores.

e) Centro Cultural Tambolelê, situado no Bairro Novo Glória, que explora, com muito talento, os ritmos afro-mineiros e mantêm oficinas de percussão, dança, teatro e capoeira para crianças, preparando-as para serem profissionais mais tarde. Segundo Geovanne Sassá, gabaritado músico profissional e dedicado ao Centro, as oficinas já renderam frutos como o Bloco Oficina Tambolelê e o grupo feminino de percussão Chicas da Silva e, também, vários monitores das oficinas também se formaram nas oficinas do grupo e hoje desenvolvem projetos no próprio Centro e em outros locais.

Segundo Rodrigo de Castro, apresentador do Minas Movimenta, “com  arte, talento e espírito de solidariedade, muitos profissionais vem retirando crianças da rua e fazendo delas novos cidadãos. Parabéns a esses dedicados artistas que merecem, não apenas um programa de televisão, mas a gratidão de todos nós”.

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