O Brasil não pode mais ficar calado diante do grave problema do desmatamento na Amazônia. Depois de conseguirmos reduzir as derrubadas da floresta, voltamos no último ano a registrar índices alarmantes.

Entre agosto de 2015 e agosto deste ano, o desmatamento aumentou 29%, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Foram derrubados, neste período, quase 8 mil quilômetros quadrados de cobertura da floresta, o que equivale a cinco cidades de São Paulo ou a 800 mil campos de futebol.

Desde 2008, não se viam taxas de desmatamento assim tão altas, o que demonstra o tamanho do nosso retrocesso.

É preciso que todos os brasileiros, mesmo aqueles que vivem a milhares de quilômetros da floresta, tenham consciência do tesouro que temos na Amazônia, afinal temos ali exemplares únicos de biodiversidade, que não são encontrados em nenhuma parte do planeta e que se perdem a cada quilômetro desmatado, sem que, ao menos, a humanidade saiba da sua existência.

São árvores centenárias, novas espécies de plantas e uma grave consequência para o fornecimento de água e o aquecimento climático.
Uma realidade inaceitável para os dias de hoje.

Mas o mais interessante é que a solução pode vir de experiência bem sucedidas e já implantadas na própria floresta.
Um desses casos é o plantio conjugado de cacau com a floresta. Isso proporcionou, nos últimos anos, aumento da produção, da renda dos agricultores, que, em grande parte, trabalham com agricultura familiar e lavouras orgânicas.

Isso é a prova de que é possível conjugar a preservação com atividades econômicas sustentáveis.

Para que isso deixe de ser apenas um pequeno exemplo é preciso que essa seja uma bandeira de todos brasileiros, que haja vontade política, investimento, organização e planejamento. Dessa maneira, é viável realizar o sonho da preservação aliado ao desenvolvimento.