Dia Mundial da Água convida para a reflexão sobre o futuro do Rio Doce
Nesta semana, em que comemoramos o Dia Mundial da Água não poderia deixar de dar uma palavra de preocupação, mas também de compromisso, com relação à recuperação do Rio Doce, atingido pela lama da barragem rompida em Mariana.
A minha grande preocupação vem do fato de que, mais de quatro meses após o vazamento, o rio continua tomado pela lama e ainda apresenta sinais graves da contaminação.
O rejeito da barragem que se rompeu agravou muito uma situação que já era muito complicada. E a situação do rio ficou ainda pior, trazendo enormes prejuízos não só ao meio ambiente, mas também à população ribeirinha, aos pescadores e moradores de todas as cidades banhadas pelo rio.
Tenho um forte sentimento de compromisso com relação ao rio também. No mês passado, foi firmado um acordo entre o governo federal, os governos estaduais e as empresas controladoras da Samarco.
Pelo acertado, as empresas têm um prazo para criar uma fundação que irá coordenar as ações com investimentos de R$ 4,4 bilhões. Para o Ministério Público, é pouco. Consideram também que o plano é muito genérico.
Por isso, meu sentimento de compromisso. Como deputado federal mais votado em muitas das cidades banhadas pelo Rio Doce e seus afluentes, tenho obrigação de estar presente neste processo, acompanhar e cobrar que essas ações saiam do papel e signifiquem, realmente, a total recuperação do rio.
Mas, neste Dia Mundial da Água, gostaria de chamar atenção não só daqueles envolvidos na questão do Rio Doce.
Gostaria de falar a todos que, de alguma forma, podem contribuir para a preservação das nossas águas. Infelizmente o Rio Doce não é o único que padece. Inúmeras bacias, em todo Brasil, enfrentam graves problemas de degradação, redução da vazão e poluição.
Pequenas atitudes no dia a dia fazem a diferença, como economia de água no banho, na lavagem dos automóveis, podem representar uma grande diferença.
Espero que, daqui a alguns anos, estejamos comemorando não apenas a recuperação do Rio Doce, mas também de grande parte das nossas bacias. Essa responsabilidade é nossa!