A economia brasileira tem andado, nos últimos anos, em um ritmo completamente diferente do restante do mundo. Uma pesquisa, divulgada na semana passada, pela Fundação Dom Cabral, atesta isso. Em seis anos, a competitividade do Brasil caiu 20% e atingiu agora a pior classificação histórica, desde 1989, quando o índice começou a ser elaborado.

O Brasil ocupa o 56º lugar no ranking global de competitividade, que avalia 61 países, e está muito distante daqueles que ocupam os primeiros lugares, como Estados Unidos, Hong Kong e Cingapura.
Segundo o levantamento, as maiores perdas do Brasil vieram do item “desempenho da economia”, em que o país recuou oito posições na comparação com o ano anterior. Dentro desse quesito, o item “emprego” teve queda de 15 posições.
O estudo alerta para o crescimento do PIB brasileiro de apenas 0,1%, em 2014, enquanto a expansão da economia mundial foi de 2,3%.

A falta de planejamento, a desorganização e a corrupção no governo Dilma também tem afetado seriamente a competitividade brasileira.
O Brasil tem um péssimo desempenho no fator “eficiência do governo”, que analisa o impacto do ambiente político, institucional e regulatório na competitividade dos países. Desde 2011, o Brasil aparece entre as cinco piores nações, e neste ano, está no 60º lugar, à frente apenas da Argentina.
Nosso país também é destaque negativo nas “finanças públicas”, ponto que perdeu dez posições de 2014 para 2015, graças ao déficit nominal de US$ 146 bilhões no ano passado.
A pior colocação do país, no entanto, aparece nos subitens “suborno” e “corrupção”, nos quais o Brasil aparece na última posição entre os 61 países analisados.
Desde 2012, o Brasil vem caindo também no ranking no quesito infraestrutura. Em 2015, chegou à 53ª posição. A crise hídrica, que afeta o abastecimento de energia e de água no último ano, contribui para essa queda, e o risco de racionamento no curto prazo é um dos principais desafios competitivos para o Brasil em 2015.

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