O Dia Mundial da Energia é celebrado em 29 de maio para motivar o uso consciente de energia e também incentivar maior participação das fontes renováveis, que produzem menos impactos ao meio ambiente.

A matriz energética brasileira, conjunto de fontes de energia disponíveis, é mais limpa do que a mundial – enquanto as fontes renováveis representam 46,2% do total produzido no Brasil, no mundo essa participação é de 14%.

Assim, estamos passos à frente na substituição de fontes não-renováveis, como carvão, petróleo e gás natural, temos um potencial extraordinário a ser aproveitado e de assumir protagonismo no desenvolvimento de políticas e ações de combate ao aquecimento global.

E, neste sentido, para concentrar no Congresso as discussões sobre mudanças legislativas que possam estimular o aumento da participação das fontes limpas, foi criada, em março, a Frente Parlamentar Em Defesa das Energias Renováveis, da qual faço parte.

Entre os focos da frente está a geração de energia a partir de usinas eólicas e solares. Essas duas fontes são uma boa alternativa para ampliar a oferta de eletricidade e, ao mesmo tempo, reduzir os custos ao consumidor em tempos de bandeiras tarifárias. E são geradas a partir do que não falta no Brasil: sol e vento.

Hoje temos 695 parques de geração de energia eólica, aqueles campos com enorme cataventos, sendo a segunda fonte de energia elétrica nacional. De todas as casas que acendem a luz no Brasil, 10% delas usam energia eólica.
Já em relação à energia fotovoltaica, gerada a partir da radiação solar, são 4.400 plantas em operação, em construção ou planejadas, que respondem por 8% da potência total do país.

E Minas Gerais é um importante polo de geração de desenvolvimento da energia solar. É líder na geração distribuída e, segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), responsável por 19,6% da potência instalada no Brasil.

Estimular a diversificação da matriz energética com a geração de energias renováveis – não apenas essas sobre as quais falamos, mas também a biomassa, que gera energia a partir do bagaço da cana, o próprio etanol, a hidrelétrica – traz muitas vantagens ao Brasil – são sustentáveis, reduzem o efeito estufa e, além de tudo, ajudariam o Brasil a fortalecer sua imagem mundo afora, ultimamente desgastada por questões ambientais, como o desmatamento.

* Rodrigo de Castro
Líder do PSDB na Câmara dos Deputados