Falando de gente e de bichos
Foi ao ar ontem, dia 08, a quinta edição do programa Minas Movimenta que falou de gente que cuida de bicho, não só de cão e gato abandonado nas ruas de Belo Horizonte, como de animais silvestres retirados criminosamente da natureza para comercialização ilícita.
Quanta gente solidária empenhada em recuperar, dar carinho e arranjar casa e dono para os mais de 28.000 animais abandonados na capital mineira. Se, de um lado, há gente cruel capaz de maus tratos, de outro, há gente solidária, disponibilizando tempo e dinheiro, trabalhando, com criatividade, na proteção e adoção desses animaizinhos.
O Minas Movimenta de domingo mostrou isso. Conversou com diversas pessoas, ONG, IBAMA e com a psicóloga Sylvia Flores que falou do convívio entre donos e bichos e os ganhos disso para a saúde humana, sobretudo numa sociedade individualista, como a sociedade moderna, em que muitos encontram no animal um amigo que ajuda a quebrar a solidão.
O programa foi até o Bairro Santa Branca, e falou com Dona Márcia e Seu Carlos que adotam animais com algum tipo de deficiência ou problemas de saúde ou muito velhos. Hoje eles cuidam de 10 animais e falaram sobre as dificuldades que vêm enfrentando para manter esse projeto.
No Bairro Braúnas, o programa entrevistou Denise Menin, da ONG Cão Viver, que funciona desde 2003 recolhendo animais abandonados ou submetidos a maus tratos, recuperando-os e colocando-os para adoção.
Outra ONG entrevistada foi a Bichos Gerais que funciona no Horto e conta com 07 veterinários que cobram os atendimentos a um preço mais baixo do que os de mercado e destinam toda a receita para a clínica que mantêm no Bairro Dandara, onde o atendimento é gratuito.
O Minas Movimenta falou também com Simone Silva, da ONG SOS Bichos que utilizam a internet para promover adoção de cães e gatos. Visitam os candidatos, cadastram-nos e acompanham-nos no que chamam de pós-adoção, fazendo a ponte entre aqueles que recolhem os animais das ruas e os que desejam adotar. O trabalho deles é exclusivamente voluntário.
Exemplo de dedicação aos bichos é a história de Dona Rosângela Avelar, apresentada pelo programa. Ela é cantineira de uma escola da periferia e, juntamente com o marido, que é adestrador, há mais de 20 anos, recolhe animais feridos e abandonados. Hoje ela tem consigo 23 cães e 30 gatos, com os quais gasta praticamente todo o seu salário.
Dois outros casos muito interessantes foram apresentados: o do Fernando Pinto, veterinário voluntário que comanda um verdadeiro pronto socorro para os animais, trabalhando em parceria com a polícia militar, IBAMA e Prefeituras de Belo Horizonte e de Contagem; e o de Bruna Piassi, produtora de TV que mora em Santa Efigênia, e cuida de 14 cahorros que tem, cada um, a sua história: o Chicão, que escapou da eutanásia pelas mãos de Bruna; a Carol e o Palito, e os outros, todos recolhidos da rua.
A avaliação de Rodrigo de Castro, apresentador do programa é de que “com essa edição dedicada às pessoas que cuidam de bichos, mostramos a solidariedade da população de Belo Horizonte e contribuímos na solução do problema, fornecendo os contatos dessas pessoas e entidades, não só para adoção como para oferta de ajuda”.
Assista:
