O fracasso da primeira rodada do programa de concessões de rodovias do governo Dilma mostra que o modelo corre o risco de virar um fiasco. O leilão da BR-262, por exemplo, não teve um único interessado, o que mostra a desconfiança do mercado com a falta de clareza da gestão petista, que não consegue proporcionar  condições atraentes. Além disso, os investimentos nas estradas vêm caindo, o que piora a situação das rodovias. Com a infraestrutura  prejudicada, o país perde competitividade no cenário internacional. Os deputados Rodrigo de Castro (MG) e Eduardo Azeredo (MG) criticam a demora no processo de privatização, o que custa caro para o país e, principalmente, para os brasileiros. Enquanto não privatizam, também não investem: os gastos do governo com obras em transporte rodoviário empacaram com Dilma. Se considerado o período de 12 meses encerrado em agosto passado, os desembolsos são inferiores aos de 2010. De R$ 10,3 bilhões, no último ano  do ex-presidente Lula, o montante caiu para R$ 8,5 bilhões. A informação é do jornal “Folha de S.Paulo”.
“Primeiro o governo do PT ficou 10 anos demonizando as privatizações, criticando o modelo. Só depois chegou à conclusão de que deveria praticá-lo. E, quando isso acontece, o PT faz errado porque não tem organização e não há gerenciamento. Portanto, não existe capacidade para implementar esse modelo”, avaliou Castro. Na sua visão, mesmo o possível êxito dessas concessões significaria pouco para um governo que já vai para o 12º ano. Segundo o tucano, a infraestrutura durante esse período só andou para trás. O deputado lembrou que na década de 70 o Brasil investia 5% do valor do PIB no setor. Hoje, com uma demanda muito maior, investe 2,5%. O Chile investe 6%. Já a Índia, 8%. “Ou seja, estamos perdendo a corrida em relação a outros países e quem acaba pagando o preço é a população brasileira”, apontou. Para ele, o Brasil investe pouco e mal.

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Fonte: Dário Tucano