Homenagem ao Dia Internacional da Mulher e um convite para que elas ocupem as ruas
O Dia Internacional da Mulher é um convite para que façamos uma profunda reflexão e discussão dos enormes desafios que mulheres ainda enfrentam. No caso das brasileiras, acredito que as dificuldades são ainda maiores, diante da triste realidade por que passa nosso país.
Acredito que a responsabilidade de mudar esse quadro é de todos nós e deve começar em casa.
Tenho em minha família exemplos de grandes mulheres, com minha mãe e minha esposa. E, como pai, tenho grande preocupação com o tema, pois acredito que temos enorme responsabilidade na educação de nossos filhos para mudarmos a realidade.
Desde pequenos, meninos e meninas precisam aprender que devem, igualitariamente, dividir as tarefas de casa e ter as mesmas oportunidades de estudo e trabalho.
Os meninos devem aprender ainda que, apesar da força física ser maior, a relação com a mulher precisa acontecer de forma igualitária, com respeito às vontades e os limites de todos.
A educação de nossos jovens com relação às mulheres é fundamental para um futuro melhor, mas temos outros desafios que nos aguardam.
Penso muito, por exemplo, nas dificuldades que enfrentam as empregadas domésticas, que deixam suas casas e seus filhos para cuidarem do dia a dia de outras famílias. E, depois, cansadas e ansiosas por chegar em casa, enfrentam horas dentro dos ônibus, sem ter, ao menos, a qualidade no transporte que deveriam ter.
Tenho pensado muito também nas nossas grávidas que, ao invés de estarem à vontade para curtir esse momento de plenitude e alegria, têm sido obrigadas a conviver com o fantasma do zika vírus e a incerteza sobre o futuro de seus filhos.
Para o grande número de mães que vêm enfrentando o desafio de cuidar de bebês com microcefalia, a homenagem de hoje deve ser ainda maior, devido à coragem que têm demonstrado.
Por fim, gostaria hoje de me dirigir a uma mulher, em especial, a presidente Dilma, que deveria ter a humildade de reconhecer que não tem a mínima condição de permanecer à frente dos destinos da nação. Portanto, deveria ter grandeza de renunciar e dar ao país a oportunidade de sair dessa crise.
Como ela não é um ser humano dotado nem de humildade nem de grandeza, me dirijo a você, mulher brasileira.
Vamos, todos juntos, no dia 13 de março, pedir que ela saia. Tenho certeza de que esse será um bom começo para garantirmos um futuro melhor para as mulheres de nosso país.