Número recorde de queimadas revela problemas na fiscalização ambiental
Setembro trouxe um recorde preocupante para o Brasil: o maior número de queimadas já registrado em um único mês. Foram 95 mil em 22 dias.
Esse número alarmante chama a atenção para dois fatores: a estiagem prolongada e a pouca fiscalização que temos tido em nossas matas, florestas e reservas ambientais.
Temos uma boa legislação, mas não temos colocado em prática. Infelizmente, vemos todos os dias as notícias de que grande parte desses incêndios são criminosos. Além da fiscalização, falta punição também.
Os motivos que levam às queimadas são muitos, como limpeza de pasto e preparo para o plantio entre outros.
Mas os resultados são desastrosos para o meio ambiente: destroem a fauna e a flora nativas, causam empobrecimento do solo e reduzem a penetração de água no subsolo, além de gerar poluição atmosférica com prejuízos à saúde de milhões de pessoas.
Meu estado, Minas Gerais, é um dos que mais tem enfrentado esse aumento absurdo no número de queimadas.
A ausência de chuvas chega a mais de cem dias em algumas regiões do estado, e tem causado inúmeros prejuízos.
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o fogo chegou bem perto de alguns grandes condomínios residenciais.
Já na Região Central, o incêndio chegou próximo à Reserva do Santuário do Caraça, tradicional ponto turístico e que abriga uma bela vegetação, com diversas espécies de animais.
Campanhas educativas sobre as queimadas não faltam. Infelizmente, as pessoas não têm se sensibilizado como deviam.