Plano Nacional de Redução de Homicídios avança na Câmara e deve ser prioridade no Brasil
Há alguns dias, meu Projeto de Lei 2026/2015, que cria o Plano Nacional de Redução de Homicídios, foi aprovado na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional e seguiu para a Comissão de Segurança Pública.
Este avanço traz a esperança de que iremos, em breve, encarar o problema dos homicídios no nosso país como prioridade absoluta, como deveria ser, diante dos números assustadores que temos.
No último final de semana, mais uma vez assistimos jovens negros, moradores de comunidade, serem assassinados gratuitamente no Rio de Janeiro.
E infelizmente esse não é um caso isolado. O jovens mortos têm exatamente o perfil da maioria das vítimas de homicídios no nosso país. E os números são alarmantes: o Brasil tem uma média anual de 56 mil mortes por ano, o que significa que uma em cada dez pessoas que são vítimas de assassinatos no mundo são brasileiros.
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo em números de homicídios, só ficando atrás da Colômbia.
E o que nos deixa mais perplexos é que, apesar desse quadro absolutamente triste, a redução dos assassinatos não é prioridade para os nossos governos.
Um quadro tão grave como esse só será revertido com um grande pacto, firmado entre todas as esferas de poder. Mas será fundamental, também, que o Governo Federal atue como o poder central do país e faça valer sua posição de líder, coordenando o processo e realizando investimentos significativos.
Neste sentido, o projeto traz sugestões específicas para que seja instituído no país um esforço imediato para fortalecermos os mecanismos de combate aos homicídios e também de atenção aos jovens, para que eles fiquem longe do crime organizado.
Ainda temos um longo caminho pela frente na tramitação desse projeto nesta Casa. Mas tenho certeza de que contarei com o apoio de meus colegas parlamentares para revertermos um quadro muito triste e que terá consequências graves para o futuro do nosso país, já que nossos números de homicídios são maiores do que as registradas por nações em guerra. Seguimos firme trabalhando para mudar esse quadro tão logo que se possa.