O programa apresentado por Rodrigo de Castro na TV Alterosa, o Minas Movimenta, discutiu, no último fim de semana, a questão da síndrome de Down, ouvindo especialistas no assunto e mostrando o trabalho de instituições que se especializaram no atendimento dos portadores daquela síndrome e de seus familiares.

O neurologista entrevistado, Dr. Rodrigo Carneiro, do Hospital Life Center, explicou o que é a síndrome, suas características e manifestações e falou sobre o tratamento e acompanhamento médico e sobre a integração social do portador.

Três instituições foram visitadas pelo Minas Movimenta: A APAE/BH – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Belo Horizonte; o CD Down; e a Família Down.

A APAE/BH é uma organização social sem fins econômicos, formada por pais e amigos das pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Atende diretamente 500 pessoas e presta apoio aos pais ou responsáveis delas.  De acordo com Patrícia Pinto, coordenadora da entidade entrevistada pelo programa, o trabalho da associação tem foco em princípios de política de atenção integral e integrada, e se exerce nas áreas de terapia ocupacional, psicologia, fonoaudiologia, escola e qualificação profissional.

O CD Down é uma entidade sem fins lucrativos que tem objetivo também de prestar acolhimento, apoio e inclusão aos portadores de necessidades especiais e às famílias destes. Reúne mães de portadores da síndrome, tendo surgido diante da necessidade de dar sequência à educação de seus filhos ao completarem 18 anos e desligarem-se das escolas. A entidade atende atualmente 25 pessoas, entre 18 e 57 anos. Segundo Singleton Alves, fundadora da entidade e sua presidente, Rosemary Souza, os alunos têm aulas de alfabetização, geografia, teatro e arte com materiais como vidro e pano. O trabalho é desenvolvido por uma equipe de cinco professores, uma fonoaudióloga e uma psicóloga, todos voluntários. O CD Down precisa atualmente de mais voluntários, especialmente fisioterapeutas, fonoaudiólogos e professores e de ajuda financeira para manutenção da estrutura física e locomoção dos alunos para a realização de atividade extraclasse.

Pela Família Down, foi entrevistada a Diretora Luzia Zolini que falou sobre a origem da instituição que nasceu, há 25 anos, do encontro de um grupo de pais que buscavam informações e troca de experiência. O objetivo da Família Down é apoiar e orientar todos os envolvidos com síndrome de Down – familiares, responsáveis, cuidadores, profissionais e a sociedade; reivindicar os direitos das pessoas com síndrome de Down na conquista da cidadania; promover e divulgar estudos, pesquisas científicas e avanços sociais sobre a síndrome de Down. Uma das principais lutas da Família Down, segundo Luzia Zolini, é pelo respeito ás diferenças, sendo um dos maiores problemas a educação formal. De acordo com ela, as escolas aceitam esses alunos, mas não trabalham a alfabetização.

A Família Down desenvolveu um projeto para construção de um Centro de Convivência que permitirá ampliar o alcance na luta pela melhoria da qualidade de vida das pessoas com Síndrome de Down.

A equipe de comunicação deste site foi conversar com o apresentador Rodrigo de Castro que afirmou que o programa “está cumprindo o papel que desenhou para si, trazendo à sociedade exemplos de exercício de cidadania e, com isso, angariando apoio de outras pessoas e de outras instituições. No caso da síndrome de Down, tema de nosso último programa, a inclusão dessas pessoas é questão que ultrapassa o âmbito familiar. É do governo, é da sociedade, é de todos. O Minas Movimenta chamou atenção para isso”.

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