Crimes violentos disparam em muitas cidades mineiras
Os números sobre violência indicam uma disparada nos índices de criminalidade em Minas Gerais. E o fenômeno atinge todas as regiões do Estado. Entre as 13 cidades mineiras, com mais de 200 mil habitantes, em 12 houve grande aumento no número de crimes violentos na comparação com o ano passado.
Em algumas cidades, o crescimento da violência é absurdo. Em Ribeirão das Neves, por exemplo, cresceu 61%, Santa Luzia 54% e Montes Claros, no Norte de Minas, 38,3%.
Nessas cidades, a população tem se sentido acuada e foi obrigada a mudar de hábitos. Passou a viver com as casas totalmente trancadas, a instalar cercas elétricas e câmeras de vigilância. Além disso, evitam, ao máximo, sair à noite.
A reclamação maior das pessoas é quanto à falta de efetivo nas ruas e equipamentos de segurança. É gritante o quanto Minas Gerais deixou de investir nesta área. Minas que, por anos, durante a gestão do PSDB, foi o estado que, proporcionalmente, mais aplicou recursos na segurança, obtendo bons resultados.
Agora, a reclamação vai além da falta de efetivo de policiais, tanto civis quanto militares. É relativa também a equipamentos de trabalho utilizados pelas forças de segurança. Em Santa Luzia, por exemplo, o próprio delegado regional reconhece que o monitoramento do programa Olho Vivo, que é feito por câmaras de vídeo, não funciona.
Sou testemunha de como esse programa é importante. Trabalhei muito pela implantação dele na minha cidade, Viçosa, e sei que os resultados, nos locais onde as câmeras são instaladas, apontam para uma redução de 30% a 40% dos crimes contra o patrimônio.
É lamentável ver esse retrocesso em meu Estado. Durante a administração do PSDB, os investimentos foram consideráveis e promoveram o aumento e a renovação das viaturas das policiais, implantação de novos batalhões, mais efetivos nas ruas e o programa Olho Vivo funcionando em várias cidades.
Agora, só vemos promessas do governador Pimentel e os números atestam o retrocesso. É lamentável ver a população vivendo com medo e sem perspectiva de melhora.