O cenário preocupante da infraestrutura brasileira é resultado da omissão e da incapacidade do governo petista, que ao longo de mais de uma década não conseguiu dar as respostas necessárias a um setor estratégico para o país.  A avaliação é do deputado Rodrigo de Castro (MG), que lamenta o descaso com a melhoria de portos, aeroportos, ferrovias, rodovias e obras fundamentais para a mobilidade urbana, como metrôs. A incompetência vai além, e atinge também uma área vital como a de energia. O desenvolvimento da infraestrutura em muito ajudaria a melhorar não somente a  vida do brasileiro, mas também seria importante para reduzir o chamado “custo Brasil”. No entanto, a gestão petista não dá a devida importância ao tema. Na área de transportes, por exemplo, de um lado os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) patinam. Do outro, o Planalto demora para definir as regras de concessão para a iniciativa privada. Com isso, as soluções para os gargalos ficam cada vez mais distantes.

“O desenvolvimento requer investimento e ambiente propício para soluções em setores como energia, transporte, saneamento, entre outros. Nenhuma grande indústria se instala onde não há garantia de fornecimento de energia, água e infraestrutura. É papel do governo de um país criar esse ambiente. O governo tem errado nisso”, apontou Castro. O tucano lembra que, na década de 70, os investimentos em infraestrutura correspondiam a 5% do PIB brasileiro. Hoje, correspondem a 2,3% – um retrocesso. Isso só mostra como a atual gestão atua na contramão da realidade brasileira. O deputado lembra, por exemplo, que na última década, a frota de veículos duplicou. Castro reitera que o cenário desolador é reflexo de um governo leniente e omisso. “O que estamos vendo no Brasil é um verdadeiro caos em vários setores. É omissão com as estradas e com a energia, a Petrobras enfrenta a maior crise de sua história. Estamos na iminência de um aumento no preço dos combustíveis. É uma situação de completo abandono.”

Situação das BRs 381 e 367 em Minas Gerais é uma prova do abandono das estradas

O deputado alertou para a necessidade de melhoria das BRs 381 e 367, rodovias estratégicas para Minas Gerais. As obras de duplicação vêm sendo cobradas há anos por tucanos mineiros, mas o governo federal se faz de surdo e não atende às necessidades do estado. A consequência da ineficiência da gestão petista não poderia ser diferente: aumento no número de mortes e de feridos, congestionamentos e transtornos para os motoristas. Anualmente a BR-381 gera uma tragédia igual à de Santa Maria. Apenas no primeiro semestre de 2012, nela foram registrados 119 mortes e 2.342 feridos em 4.930 acidentes.

A BR 381 é fundamental para Minas e para o país, pois liga o estado com o Nordeste e outras unidades da federação. É uma rodovia abandonada pelo governo. Todo ano acontece uma tragédia na estrada. O pior é que se repete a cada ano e a obra não sai do papel”, lamentou. Ele informou que o início dos trabalhos estava programado para 2008, com previsão de 70% de execução naquele ano. Mas até agora nada de duplicação. O tucano ressalta a importância dessa melhoria e teme que ela fique só na promessa. “O estado vem sofrendo com isso, dado o número de mortes e engarrafamentos. Há um estrangulamento para os municípios que se encontram em sua rota. É uma situação de caos e  não tivemos até agora a competência do governo em resolver”, reforçou. A BR 367 também é apontada por Rodrigo como um retrato do abandono das rodovias do país. Com grande fluxo de turistas, a estrada que liga Minas ao litoral baiano está em péssimas condições. São mais de 100km da BR ainda sem asfalto passando por municípios de MG. Melhorias também foram prometidas várias vezes, mas sem resultado efetivo. “Mais um exemplo do abandono do governo do PT com uma região tão carente”, disse.

Enquanto os investimentos do governo federal do PT para as estradas mineiras não saem do papel, o Governo de Minas vem mostrando que, com planejamento e políticas públicas consistentes, é possível fazer do desenvolvimento um bem comum a todos os cidadãos. Graças às gestões Aécio e Anastasia, mais de 220 municípios de Minas puderam se beneficiar das ligações asfálticas que transformaram a economia e a vida da população nestas regiões. Agora, o “Caminhos de Minas” avança ligando as cidades e regiões entre si. “Nesse programa ficaram apenas cinco municípios sem asfalto, pois dependiam do governo federal para a obra. Ou seja, os governos tucanos asfaltaram 220 municípios. Já o governo federal foi incapaz de asfaltar cinco. Essa é uma diferença gritante entre a capacidade de gestão dos governos tucanos e dos governos petistas”, comparou.

Gomes de Matos culpa omissão do Planalto por dimensões gigantescas de apagão no Nordeste

O deputado  Raimundo Gomes de Matos (CE) alertou para a ausência de gestão no setor elétrico e culpou a omissão do governo em  obras de manutenção e prevenção pelo apagão que atingiu a região Nordeste na última quarta-feira (28). O blecaute de dimensões gigantescas, que deixou pelo menos 16 milhões de pessoas no escuro e causou prejuízo de R$ 385 milhões, poderia ter sido evitado. Mas os investimentos no setor se arrastam e especialistas alertam que apenas uma pequena área teria sido atingida se houvesse gestão eficiente.

“Mais uma vez está demonstrada a falta de planejamento do sistema energético do país. Não se pode justificar que um mero incêndio gere um grande problema como esse”, destaca Gomes de Matos. A explicação oficial é de que o apagão ocorreu graças a uma queimada no interior do Piauí, mas especialistas afirmam que esse tipo de blecaute deveria ficar restrito a um estado, no máximo. Na avaliação de técnicos, houve falha na coordenação do sistema, de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Gomes de Matos afirma que a maioria das obras “tão badaladas” pela presidente Dilma não passam de figuras decorativas de publicidade. “O fato é que querem justificar algo injustificável. O que se pode afirmar categoricamente é que há falta de supervisão, coordenação e prevenção. Isso já está consagrado na gestão de Dilma e sua equipe e tem gerado inúmeros problemas para o país”, aponta o tucano.

“PIB poderia ser maior se governo fizesse lição de casa”, diz líder do PSDB

Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos  Sampaio (SP), o resultado do PIB no segundo trimestre seria muito melhor se o governo fizesse a lição de casa, como reduzir os gastos públicos e promover reformas estruturantes, como a tributária e, sobretudo, se a gestão do governo da presidente Dilma fosse eficiente. “Mesmo tendo ficado acima do esperado para o período, o resultado do PIB poderia ter sido melhor, já que crescimento deu-se sobre uma base de comparação muito baixa. Na verdade, o Brasil não está crescendo o suficiente para ampliar a geração de empregos de boa qualidade, melhorar a renda da população e aumentar a competitividade de sua economia”, diz o líder. De acordo com Sampaio, o desejável e necessário é que o crescimento seja sustentável,  continuado e em patamares maiores.  “O governo certamente irá tentar colar o discurso de que está tudo às mil maravilhas. Mas, a realidade é que a inflação ainda continua alta, a taxa de juros subiu pela quarta vez consecutiva, o Brasil se tornou um país muito caro e a economia cresce muito abaixo do necessário. Não podemos nos contentar com voos de galinha”, afirmou.

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