Senhor Presidente, senhoras e senhores Parlamentares.

 A responsabilidade da presidente Dilma Rousseff nos escândalos da Petrobras é algo que não dá mais para esconder. Seja por corrupção ou incompetência, a empresa registra um prejuízo absurdo e recorde, está com sua imagem completamente comprometida e nós não sabemos se ela vai voltar a ser a empresa pujante que um dia foi. O que o PT fez nessa empresa foi o mesmo que uma praga de gafanhotos faz numa lavoura, senhor presidente.

Como presidente da República há quatro anos e como presidente do conselho de Administração da Petrobras, entre 2003 e 2010, período em que houve a compra da refinaria de Pasadena, não há como negar o envolvimento da presidente Dilma Rousseff no caso, senhor presidente.

Há provas suficientes de que houve, ao menos, omissão, imperícia, imprudência ou negligência, da parte dela. Motivos suficientes para um pedido de impeachment da Presidente da República, de acordo com análises jurídicas.

Sim, senhor presidente, essa Câmara tem que enfrentar esse debate. O que houve na Petrobras é de uma gravidade, nunca vista antes no Brasil. Prejuízo bilionário, corrupção, desvios, incompetência na administração de uma das maiores empresas da América Latina sendo tratada como se fosse propriedade de um partido ou de um grupo de pessoas.

Não podemos aceitar isso. Precisamos responsabilizar todos os envolvidos.

A própria presidente já admitiu que aprovou a compra da refinaria com base em um documento da diretoria da empresa que depois se revelou técnica e juridicamente falho e que a autorização para a compra dos primeiros 50% de Pasadena foi feita com base em informações incompletas.

Pois bem, se ela própria admite isso, está configurada a omissão, imperícia, imprudência e negligência. A lei é clara, na Constituição Federal, que omissão que viole os deveres da honestidade, imparcialidade legalidade e lealdade às instituições, constitui ato de improbidade administrativa.

Não vejo mais como fugirmos desse debate, senhor presidente!

Muito Obrigado!

 

Ouça o discurso: https://bit.ly/1z8yApn